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Entrei e lá estavas. a tua cabeça tinha caído e rolava pelo chão. tu estavas de pé, junto ao balcão, a pedir um chá onde afogar a solidão.
Dei-te a mão e sentamos. para que? tu não tinhas ouvidos, que poderia eu dizer? tu nao tinhas boca, que poderia eu ouvir! tu nao tinhas nada, que te poderia eu fazer sentir?
Só o calor do meu corpo, que sentes com as tuas mãos sujas inseguras.
Dei-te um beijo no pescoço, livre do peso da tua cabeça. Gostamos!
Não é o teu disfarce que conta. A tua cabeça pode rolar pelo chão, o teu coração será o mais lindo para sempre!
Não te esqueças que és especial ...mesmo sem cabeça!